terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Diga "trinta e três"

Tlinta-e-tlês!!!

33 dias de felicidade imensa.
De muito cansaço.
De amor sem fim.
De overdose de família.
De demonstrações de carinho de familiares, sempre muito especiais, e de amigos queridos.
De um recém-nascido saudável e cada vez mais lindo.
De noites mal não dormidas.
De leite pelo chão.
De xixi voador.
De cocô jato na mamãe (ok, não foram 33 dias disso, só alguns).
De muito mais lixo na casa (fraldas - mas mesmo assim não uso as de pano!).
De chorinho de fome, de sono, e, infelizmente, de cólicas.

Faz 33 dias que meu mundo mudou para muito melhor. Amo você, Marido. Amo você, meu filho lindo.

 

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Conquistas

Marido dormiu a noite inteira essa noite.
Eu dormi a noite inteira essa noite.
Não, não contratamos uma enfermeira. Nem uma babá. Nenhuma das avós veio dormir em casa. Nem a tia.

O herdeiro dormiu a noite inteira.

Não sei se é um presente dos deuses depois de 3 noites mal dormidas e dias sofridos (Dani, eu oficialmente agora odeio o calor - ele faz mal para o meu filho. Então odeie você também). Ou se é um indício de que o pequenino está crescendo e que o pior já passou.

Na verdade estou até com medo de falar muito do assunto e comemorar.

Mas que a sensação é boa, ah, isso é.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

14 dias

Nessa madrugada herdeiro completa 2 semanas de vida. E, se eu puder resumir tudo numa frase/imagem, seria a de que hoje pensei duas vezes antes de comer milho em espiga, que tanto adoro, já pensando que não ia dar tempo de passar fio dental...E nem fiquei triste por isso.

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Nono mês

O nono mês está como o oitavo, só que com a barriga maior. Eu não acho a barriga grande ao me ver no espelho, mas assusto com o seu tamanho quando eu vejo fotos. Vai entender!

Assim como o oitavo, o nono mês começou com uma bela bronca do Dr. Gelo. Nas suas próprias palavras ao Marido, eu deveria ser trancada em casa com aquelas bolas de ferro com corrente nos pés. 

De fato, na 36a. semana eu dei uma abusadinha. Fiquei feliz que ele falou que estava tudo bem, "estável", e me achei animada e curada. Resultado - colo do útero afinou de novo. Então estou me forçando para repousar mais. O bom é que, com a notícia de que estava tudo estável, e com o tempo passando, relaxei a cabeça, e isso para mim foi um grande ganho.

Agora estou na 37a. semana. Ao completar as 37, teoricamente eu ficaria tranquila. Mas Dr. está viajando, essa semana vou fazer monitoragem com outro, e não gostei disso. Sim, sim, ele tem direito de viajar...Mas, enfim, paciência. Estou decidida de que nada vai acontecer nessa semana nem na próxima. E minha amigona já me confortou dizendo que, se eu decidi isso, eu já passei essa idéia para o bebê e então ele vai obedecer a mãe - por essas e outras que a gente tem amigos, né? Para falar essas coisas fofas pra gente.

Eu li em algum lugar que ficar de repouso cansa. Já falei isso aqui? Cansa mesmo, porque os músculos desacostumam a trabalhar, ficam mais preguiçosos, e, quando acionados, ficam rapidamente fatigados. Talvez isso explique por que eu esteja mais preguiçosa.

A proximidade do parto não me assusta nem me deixa ansiosa. No momento, não sei por quê, ainda acho que está longe. Gosto de acreditar que tenho uns 20 dias pelo menos. Veremos...

E maldita hora que fui ler sobre a lenda ridícula da influência da lua no parto. Se for assim, príncipe nasce antes do que eu gostaria. Então eu estou me convencendo que, de fato, isso é balela, ainda que eu não tenha parado de pesquisar a respeito ainda. Para quem lê Super Interessante e acredita no Big Bang, é realmente uma besteira acreditar que a lua cheia, nova, minguante, crescente, sei lá qual, vai definir o dia que o herdeiro vai nascer. Ok, agora só falta acreditar nisso.

Vou dando notícias...

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Ufa. Voltei. Sobrevivemos à mudança da lua cheia. E até agora ninguém me explicou direito se é só na lua cheia ou se vale para todas as mudanças de lua ou se é só para a lua nova. E agora? Lua muda agora dia 6, e depois dia 13, enfim, toda semana.

Ontem fomos ao Dr. Gelo, que estava mais animadinho. Bom sinal, quer dizer que está tudo bem com o pequerrucho. Mas temos notícias bombásticas - ele deve chegar na próxima semana! Já estou começando a ter dilatação, então a vinda está próxima, provavelmente até dia 8, no mais tardar (hoje é dia 01.11).

Daqui a 2 dias completo 38 semanas. Seria ótimo se ele nascesse daqui a uns 5 dias pelo menos. Tem alguns motivos, todos bobos, mas enfim:
  • quanto mais tempo ele ficar aqui, melhor para ele, que vai crescer mais fortinho
  • amanhã é feriado, queria evitar que ele nascesse no feriado...
  • ainda falta comprar uma mesinha para ele, que a gente vai comprar no sábado, logo antes de ir conhecer o Matias
  • até segunda, não conseguem nos entregar os bem-casados, aliás, bem-nascidos.
  • gosto mais da idéia de ele nascer depois do dia 7, não sei bem pq.

Será que ele colabora? I'll try to keep you posted.

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Hoje, 3.11, faz 38 semanas que estivemos em Foz do Iguaçu, como vocês lembram. Parece que faz uma eternidade. E, de fato, a gravidez é uma eternidade, mas uma boa eternidade que eu ainda não quero que passe. Preciso de mais uns dias para me acostumar com a idéia de ter um filhote nos braços (ah, para quem ainda não aprendeu a contar a gravidez, não, nosso filho não foi concebido em Foz).

Já passamos o feriado (ufa), e agora quero mais! Estou super gananciosa! No começo só queria 37 semanas, depois me convenci que as 38 eram possíveis, agora quero mais! Será que vou sossegar quando - "se", na verdade - chegarmos às 39? Tudo bem, Dr. Gelo disse que não chega até dia 8, mas, mesmo assim, cada dia que passa fico mais confiante.

Acho que hoje o dia passa rápido. Já é quase meio dia e eu ainda estou enrolando para começar o dia - lavar os copos, contar os mortos, tomar banho, essas coisas. E temos várias tarefas legais, na programação que vocês viram aí em cima.

O engraçado é que daqui a 3 dias temos ultra-som. Estou empolgada para o ultra-som porque faz umas semanas que só fazemos monitoragem (num aparelho super legal em que ficamos ouvindo o coração do reizinho por uns 10 minutos!) e nada de ver o moleque. A ironia é que eu quero ver o moleque mais pelo ultra-som do que ao vivo agora. Será que é um bloqueio mental? Porque eu acho que estou tranquila com o parto, mas talvez não esteja. Marido está visivelmente tenso, é até fofo de ver...

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Oh well. Já passou metade do dia 5. Pequeno está mexendo bastante na barriga, e eu não estou sentindo que ele vem hoje nem amanhã, então acabei de confirmar o retorno ao médico amanhã à tarde, e estou ousada o suficiente para achar que dá para ir num concerto na quarta. Engraçado...de repente fiquei tranqüila, o que me lembra uma coisa meio macabra, mas cuja analogia não pude deixar de fazer. Dizem que quem está em coma e de repente melhora tem uma "melhora para morrer". Fica super bem e de repente tem uma recaída e morre. Eu estou me sentindo assim - a tranqüilidade antes do terremoto, antes do parto. Let's see...

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Ainda é dia 5, mas já são 21h, então acho que é seguro dizer que o pequeno não nasce hoje. E acho que tampouco nasce amanhã. Trabalhei pra caramba hoje, deu para adiantar e talvez finalizar tudo o que precisava no escritório. Só tenho uma reunião (em casa!) amanhã cedo e acho que depois chega.

Depois de 40 dias em casa, de molho, se o médico me liberar de vez amanhã vou até comemorar e decretar início dos passeios.

Tive a infeliz idéia de falar isso para o meu sogro e ele quis me matar - ou, melhor, me trancar em casa. Mas, gente, se está tudo bem com o pequeno, e se eu estiver afim, eu vou sair sim, viu? Eu sei que tem gestante que fica 9 meses deitada e eu não poderia reclamar, eu sei que tem gente passando fome no mundo, gente sofrendo muito, mas, mesmo assim, eu posso sim reclamar. Aliás, não quero reclamar, só quero mesmo ter o direito de curtir e relaxar, o que não pude fazer nos últimos 40 dias. 

Sim, eu estava em casa. Sim, eu assisti filmes, séries, li livros e revistas, cochilei de tarde, naveguei na internet. Mas também trabalhei (ao que dou Graças a Deus, porque permitiu manter um nível mínimo de sanidade mental) bastante. E cabeça de mãe preocupada não relaxa. Alors, agora é a hora, acho eu. E, provavelmente, quando eu relaxar, o pequeno nascerá. Bom também!

Vai chegando a noite e eu vou ficando mais preocupada. Parece que tenho medo da madrugada. Mas tenho a impressão que essa será a última madrugada com receio. Depois relaxo. Let's see...

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Vejam só, pessoal. Hoje já é dia 8 e ainda estou com o reizinho na barriga. E muito feliz! Claro que a azia tem dias que me abandona e dias que não quer sair de mim, mas a bexiga já não está mais pressionada e estou dormindo melhor.

Conseguimos fazer o ultra-som na terça, dia 6, e está tudo bem com o pequerrucho e com meus líquidos todos, o que indica que, se eu não tiver as verdadeiras contrações ou se a bolsa não estourar, dá para segurar ele aqui dentro por mais um tempinho, o que eu não acho ruim. Como estou conseguindo descansar, a sensação de saco cheio pelo fim da gravidez não me acomete muito não.

Estou me sentindo abençoada, na verdade. Tudo que pedi até agora a Deus e ao reizinho foi atendido, e não tem sensação melhor do que essa.

Ontem fomos ver a Renée Fleming na Sala São Paulo. Foi muito legal ir, porque desde o começo do ano, quando fiquei sabendo que ela viria a São Paulo, queria ir vê-la, mas sinceramente achei que não ia dar tempo, achei que o pequeno ia vir antes. E, no final, deu tempo! Todos os conhecidos lá fizeram festa e graça, foi legal ver como ele já é tão querido nesse mundo musical.

Como estou pedindo um monte de coisa e sendo atendida, será que agora ele consegue esperar até dia 12 ou 13? Na verdade eu me contento com dia 10, mas dia 12 ou 13 seria ainda melhor... Wishing and hoping...

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Hokey, so. Isso está parecendo diário de condenado, daqueles que fazem palitinho na parede para não perder a conta dos dias. Hoje é dia 11. Já temos 39 semanas e 1 dia. Eu sinceramente não achei que íamos chegar até aqui. Mas, como disse minha sábia amiga mãe da Lelê, agora a gente começa a sentir como ele é e começa a ver quem é que manda!

A espera é um pouco angustiante, mas não posso morder a língua. Nunca vi menino mais obediente. Ele fez tudo o que pedimos até agora. Só falta ele resolver nascer hoje à noite, e nos fazer ir ao Einstein no meio do trânsito caótico que o show da Lady Gaga (lady who? - descobri que não sei nenhuma música dela e, pior, não sei qual é a cara dela, seriously) vai provocar na região. Mas tudo bem, pequeno, se quiser vir, será muitíssimo bem-vindo!

Eu já desisti de apostar quando ele vai nascer. Tem gente apostando na virada da lua (dia 13), tem gente apostando em amanhã, eu já pensei que ele vem até depois do mega-hiper feriado dos dias 15 a 20. E até comecei a pensar o dia que escolheríamos se chegarmos nesse ponto de ele demorar tanto que teremos que marcar uma cesárea.

Já chegou a tal da onda de arrumação. Dizem que isso é um indício de que ele vem em breve. Honestly, já não sei em que mais acreditar... I'll try to keep you posted.

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14.11.2012. Mais uns palitinhos para minha parede de condenada. Mas não posso reclamar. Até que está engraçada essa espera.

Ontem foi um dia bom. Fiquei todo o dia fora, como se fosse uma "pessoa normal", só que monotemática, especialmente porque eu estava com a Ginu e nós duas não conseguimos falar de outra coisa.

Talvez seja seguro dizer que eu tive já 9 meses completos de gestação. Ou as 40 semanas. Porque eu não acho que ele nasce hoje ou mesmo amanhã. Não sei. Não consigo imaginar que está perto de ele vir. Se bem que Ginu disse que isso pode mudar de uma hora para outra, alors, melhor mesmo era esperar o tempo chegar no dia 17, quando aí sim completam-se 40 semanas.

Só tem mais uma torcida "contra" o nascimento dele agora - Dani volta de viagem dia 19, e queria estar aqui pro nascimento do herdeiro. Eu também queria que ela estivesse. Como tenho um pequeno monstrinho muito obediente aqui dentro, não acho que isso seja impossível. Let's see.

O único "problema" é que Dr. Gelo - que está melting, melting, ultimamente - disse dessa vez que acha que o rebento nasce no máximo até dia 18. Será que dessa vez ele acerta? O pequeno aqui tá desafiando todo mundo!


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Dia 15.11.2012 vai ficar para a história como o dia mais feliz de nossas vidas!
Herdeiro chegou nessa madrugada e já estamos em casa na maior aventura.
Depois escrevo mais, pessoal. Tenho uma coisinha para curtir.
 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Oitavo mês

(Aviso: este post é antigo, mas só estou publicando-o agora, no meio/fim do nono mês e com a chegada do rebento beeem iminente)

Inaugurei o oitavo mês na maior correria - finalizando o quarto do pequeno, inventando de organizar a reforma na chácara, viajando de carro como se tudo estivesse normal. E estava.

Mas em algum momento neste último mês meu corpo teve um momento epifânico e quase que resolve pifar. Um alerta, e um grande susto. Às vésperas de completar 33 semanas - bem antes da data ideal para o nascimento do herdeiro -, Doutor me despachou para casa, com uma receita médica e a ordem expressa de repousar. Ele não disse "repouso absoluto", mas quase que estou considerando que é.

Estou no meio da semana 34 e, como vocês sabem, eu ainda acho que vai dar tudo certo e que o pequerrucho vai chegar depois das 37. Mas eu sempre acho que tudo vai dar certo e aí quebro a cara, então é melhor eu pegar leve.

O médico disse que o stress mental é tão ruim quanto o físico. Me deixou trabalhar meio período, mas ficou feliz (se é que aquele Doutor Gelo consegue expressar alguma emoção) quando eu disse que poderia me desligar totalmente do trabalho. Disse que dirigir é o de menos. Deixou até fazer o chá de fraldas, desde que eu não o organizasse. E deixou fazer yoga como forma de relaxamento, não de exercício.

O resultado é que eu interpretei da seguinte forma: vou passar esta semana deitada ou sentada de pernas para o ar, em casa (a maior parte do tempo - já explico), sem dirigir, sem ir para a yoga, dando ordens domésticas e recebendo paparicos. Ok, hoje é o primeiro dia útil em que eu estou de repouso e já trabalhei 1 hora, mas de forma leve e sem stress. O bom é que onde eu trabalho as pessoas são de fato humanas e entendem que é a minha hora de descansar. Nunca vi tanta gente me apoiando e me deixando tranqüila, e realmente não sei como agradecer a todos. Modéstia à parte, deve ser a forma deles de agradecer por eu sempre ajudá-los e não deixar ninguém na mão.

 Confesso que é muito ruim tudo isso. Eu não estou me sentindo estressada. Mas, looking back, talvez eu tenha um nível de tolerância mental ao stress que seja maior do que o que eu meu físico de grávida consegue suportar. Nas CNTP, as decepções do dia-a-dia são plenamente controláveis por mim. Posso ficar meio mal-humorada, enjoada, dormir mal, mas não sinto nada demais. E depois passa. Mas, com um ser tão pequeno, tão inocente e tão sensível dentro de mim, as coisas mudam de perspectiva.

Não é doença, mas gravidez é uma fase de resguardo, de respeito consigo mesma, de descobrimento das nossas próprias limitações e, por que não, de criar novas limitações. Essa semana resolvi que vou me respeitar mais. Parar de fazer tudo para que tudo se pareça bem. Relacionar-me só com quem de fato se preocupa comigo e com o nenezico lindo e com o bem-estar da nossa família, com quem entende que o momento é nosso e vai, sim, tudo girar em nossa volta. Cuidar de mim para que ele fique bem, e fique aqui dentro por mais um tempão, e que nasça saudável e só daqui a um mês pelo menos. E quem não entender isso que vá à merda.

Acredite, tem quem não entenda. Tem quem continua pensando só em si. Tem quem é insensível. Tem quem não nos deseja bem. E sabe o quê? Nós aqui na Maloca não estamos nem aí para esse povo. A gente gosta é daqueles que nos tratam sem preconceito e com cuidado. Que passam sábados inteiros fazendo barulho, furando paredes e cozinhando pra gente, mesmo que a gente não dê nada em troca. Que contratam e dispensam balas de nozes, ingressos de ballet, e tardes no skype. Que respondem nossos emails antes de termos tempo de pensar, vão no mercado e fazem visitas relâmpago mesmo quando estão super cansados, só porque sabem que vão nos alegrar. Que trocam mensagens no celular, no email e promessas de nos falarmos decentemente um dia, mas que, até lá, estão conosco no coração. Que, de longe ou bem pertinho, querem o nosso bem. Porque sabem que, no fundo, fizemos, faremos ou faríamos o mesmo por eles, em algum momento da vida, sem data de validade.

E, ao fazer esse manifesto todo, de repente fico ainda mais confiante em deixar tudo o que ainda está pendente pra chegada do pequenino nas mãos dessas pessoas tão especiais. E fico ainda mais confiante de que estou passando tantas boas energias para ele que ele vai entender que não precisa ter pressa para chegar a esse mundo, e que pode ficar dentro dessa minha enorme pança por mais um tempinho. Mas, just in case, só vou publicar isso aqui bem depois dessa fase tensa passar.

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Agora vocês que me agüentem (ainda não consegui me livrar da trema - tremo só de pensar em como vou me adaptar às novas regras da língua portuguesa) - já que tenho tempo de sobra, vou escrever o tempo todo. Ainda estamos no meio da semana 34. Tá tudo muito estranho. Por um lado, parece que tá passando rápido. Por outro, tá demorando taaanto...

O oitavo mês dura até as 35 semanas e 4 dias. Isso significa que ainda temos mais 13 dias para render neste post. E isso que nem comecei a escrever quando começou o oitavo mês, que foi com 31 semanas e 1 dia.

O quarto do pequenino tá ficando lindo. Agora só falta mesmo o enxoval, que a Tia Sonia está terminando (espero eu). De pendências, ainda temos que fechar o enfeite de porta com a Ana Moraes e contratar as lembrancinhas da maternidade. Parece pouco, e espero que seja.

Hoje passei a manhã escolhendo músicas pro Ipod do príncipe. Temos 53 gb de músicas pré-selecionadas, e só 8gb disponíveis no Ipod. Preciso tirar um pouco das músicas de adulto e colocar umas coisas mais calminhas. Marido não concorda, mas acho que ele vai mudar de idéia quando o pequenino estiver num rock & roll de madrugada e conseguirmos fazê-lo dormir com algo mais calmo do que Charly García.

Mudando um pouco de assunto, Matias já tem uma semana de idade, e parece que está cada vez mais lindo e gorduchinho. Isso me enche de alegria!

Agora vou indo porque o dia está voando e ainda tenho algumas tarefinhas, acreditem se quiser.

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Queridos, voltei.

Estamos no fim do oitavo mês. Na verdade, hoje é o último dia. Amanhã inauguro minha barriga de 8 meses e vou desfilá-la. Da sala para o quarto, do quarto para o banheiro. Mas talvez a gente, minha barriga, o herdeiro e eu, saia até a varanda, se estiver sol.

Desde a semana passada, quando o médico disse que a situação estava estável, estou mais tranquila mentalmente, mas confesso que tenho descansado menos. Da última vez, ele disse que eu precisava relaxar mais. Eu acho que o relaxamento mental é mais determinante para mim do que o físico. Então eu estou com uma boa impressão.

Depois de amanhã, dia 18.10, voltamos lá e vamos ver o que ele fala. Faltam 11 dias para completarmos 37 semanas, que é um marco importante para mim, porque depois disso os médicos falam que o bebê já está "a termo". Queria que o pequeno nascesse pelo menos daqui a 3 semanas, mas, completando 37, eu já fico bem mais tranqüila. Ele bem que poderia nascer maiorzinho, então estou torcendo (ainda que, confesso, não me comportando muito bem) para ele ficar aqui dentro mais um pouco, só para a gente terminar de arrumar as coisas e ficar mais tranqüilo.

Por um lado, estou me segurando para não terminar algumas coisas pendentes. A minha mala da maternidade, por exemplo. As lembrancinhas. Os docinhos. O teste da cadeirinha do carro. Enfim. Parece que o herdeiro entende que, enquanto essas coisas não estiverem prontas, ele não pode nascer. Então eu vou me enganando e deixando tudo por fazer...

Outra hipótese é que eu estou considerando meu repouso tipo rotina de aposentado. Só uma tarefa por dia, para não cansar. Isso lembra minha avó (Vó, vamos ao mercado depois do médico? Não, minha filha, já fomos no médico, agora já quero ir para casa descansar. Vamos ao mercado amanhã).

Hoje foi dia de comprar as - super sexy - calcinhas pós parto. Meu Deus. Olha, taí um nicho de mercado a se explorar, viu. Fui numa loja super legal, grande, que me indicaram, provavelmente a que tinha mais opções. E, mesmo nela, a oferta era pequena e os modelos disponíveis, bem parcos. Eu acho até que, depois do parto, a última coisa que vamos querer pensar é em estar sexies. Deve ser tipo uma versão piorada de primeiro dia de menstruação, quando você só quer estar segura, confortável e com menos dor. Mas eles bem que podiam enganar a gente e vender umas coisas mais bonitinhas, né? Fica a dica...

Então a aposentada aqui amanhã talvez corte o cabelo. Só cabelo. Unhas, talvez na sexta. E assim caminha a humanidade!

Beijos, e torçam pelo meu nono mês ser completo.

A concha

Passado quase um ano, resolvi acabar com a farsa. Sim, minha saída do Facebook foi uma farsa. No começo até que não. Eu realmente saí e não pretendia voltar. Aí vieram viagens com o Marido e inevitavelmente algum comentário sobre alguma inserção social de alguém; ou Ginu queria que eu visse alguma foto fofa... Enfim. Logo logo invadi a conta dele e dela. Com as devidas permissões, por óbvio.

O experimento tinha uma causa nobre - sair da concha, da caverna virtual a que eu estava inserida, e tentar a vida - veja só que ousada - como nos velhos tempos. Sair, mandar mensagem de texto, ligar, escrever emails, combinar encontros com os amigos. Não era bem uma forma de protesto - eu não queria ver quem era de fato meu amigo e quem era só amigo de facebook. Porque isso a gente já sabe, sente, instintivamente, né?

Mas eu buscava relacionamentos mais especiais. E uma pontinha (inha?) de ego queria ver quem sentia minha falta, quem me procurava. Não tive nenhuma surpresa nesse front. Procuraram-me pessoas que eu já sabia serem especiais. E outras que eu me surpreendi positivamente, e com quem criamos novos laços de amizade. Foi muito legal.

Foi não, está sendo. Eu ando meio nostálgica de tudo, mas acho que vocês já perceberam isso pelos meus textos sobre brinquedos infantis e afins. Voltar às origens também significa voltar aos valores mais elementares de caráter e personalidade. E tudo isso - essa experiência, ainda que bem falha - fez com que eu voltasse a ver e acreditar na possibilidade e na importância disso tudo.

Um dos objetivos da criação do blog foi para suprir minha necessidade de expor meus pensamentos. Foi a primeira coisa que escrevi por aqui, não é segredo para ninguém. Acho que isso já denuncia que eu nunca ia conseguir me livrar das "redes sociais", cujo objetivo mor é se expor aos outros - usualmente de forma feliz e contente, porque ninguém quer expor seus podres e ninguém quer saber dos seus podres - não assim, abertamente, pelo menos.

A questão é: devemos nos livrar delas, das redes sociais? Hoje acredito que não. Como tudo na vida, encontrar o equilíbrio é, para mim, o segredo da felicidade eterna. Talvez porque eu não tenha pretensão nenhuma de combater o vício da nossa sociedade, hoje, negar-se a participar dessa parte virtual de nós mesmos é, ironicamente, tão suicídio social como considerá-la a única faceta importante de nossas vidas.

Se não pode vencê-la, junte-se à ela? Pode ser. Outro dia li sobre uma pessoa que fez um experimento chamado "100Face" - 100 pessoas sem Facebook. Muitas delas não agüentaram, diziam que ficaram sem vida, etc. Aí eu me peguei pensando - ou eu realmente sou muito old-fashioned por ainda ter contatos não virtuais, ou esse povo realmente embarcou numa onda sem volta e negou tudo o que sempre existiu antes.

Eu sei que eu não sou muito revolucionária - acho que faço a linha mais reformista. Mas às vezes acho que essa ruptura radical com padrões que sempre funcionaram não é muito racional. Não dá para seguir a via do meio, com um pouquinho de cada coisa, quiçá do melhor de cada? Tudo bem, cada um que encontre o seu "melhor", mas duvido que o "melhor" desse povo seja negando tudo o que existia antes.

O que eu notei nesse ano foi que eu me senti mais abraçada e mais querida. Perdi a vergonha e passei a procurar mais as pessoas, e outras também me procuraram. E isso tudo valeu muito a pena, e pretendo continuar a cultivar, cada vez mais, esse tipo de relacionamento.

Também notei que a curiosidade pela vida alheia - quase uma nova profissão, a de detetive - não diminuiu muito, apenas mudou o modo de se expressar. As pessoas ainda querem saber umas das outras, mas não pela via "reta". Ao contrário, querem saber dos outros sem que esses outros saibam que elas estão fuçando a vida delas. E não estou fora desse círculo não. Só acho que isso é errado. Se a gente se importa com alguém, vai direto na fonte e fica perto dessa pessoa. Se a gente só quer saber do outro sem contatá-lo, ou estamos diante de uma onda de timidez que colossalmente atingiu o mundo, ou então de uma onda de gente que só quer se sentir melhor com a desgraça alheia.

Esses dias entrei no Instagram. Achei legal aquilo de colocar fotos e de jeitos diferentes. Já estava namorando o Instagram do Marido, e, movida pelo espírito do equilíbrio dito aí em cima, descobri que esse aplicativo poderia ser usado também para os reles mortais que não têm um iPhone. Então, depois de alguns dias, eu já tenho uns 10 seguidores e estou me sentindo hiper pop. Só que eu percebi que minha vida anda realmente um marasmo, pois até agora não me empolguei para colocar nenhuma foto. Alguém se interessaria pelas minhas andanças na casa, disputando espaço com a santa da funcionária, em trajes que lembram pijamas? Acho que não.

Estou quase voltando ao Facebook. Voltando com meu próprio login, so to speak. Ainda estou um pouco reticente. Acho que gostaria de voltar à rede das redes apenas quando minha vida tiver um pouco mais de live action, ou seja, quando o pequerrucho nascer (o que pode acontecer a qualquer momento!). Antes disso talvez eu fique muito viciada. Afinal, presa em casa, depois de fazer o básico - ler jornal, tomar banho, comer, ler um pouquinho de um livro, ver uma seriezinha e checar uns emailzinhos -, o que mais sobra no dia dessa pessoa, ainda mais agora que inventei de não comer doce (o que me impede de passar horas na cozinha fazendo doces)? É, acho que vou esperar mais um pouco.


sábado, 3 de novembro de 2012

Síndrome do "Eu sou incrível"

Se você leu o título e começou a cantarolar "Eu sou terrível", bem-vindo(a) ao clube.

Li essa crônica do Marcelo Rubens Paiva hoje pela manhã e não pude não lembrar da enxurrada de só boas coisas que vemos por aí nas redes sociais. Transcrevo-a abaixo. O link é esse aqui.

Inveja

MARCELO RUBENS PAIVA
Você não fica devastado quando vê alguém feliz, que diz que gosta de si mesmo, não se arrepende de nada, entende o mundo e o sentido da vida, não fica desgraçadamente arrasado quando escuta que alguém é casado com a namorada da faculdade e é suuuuper feliz, foi fiel durante décadas, tem a vida sexual como as de alguns personagens mitológicos, que chegou a ter um caso no vigésimo ano de casado, mas foi perdoado e amado como nunca, você não entra em pânico quando descobre que um amigo comprou móveis na baixa que hoje valem 20 vezes mais, ações na baixa que vendeu antes da crise dos derivativos, que aplicou numa empresa chamada Apple quando ainda se usavam máquinas de escrever, que herdou uma fattoria à beira do mar na ponta da Bota, de um tio italiano gay que foi o único a ficar na terrinha, não emigrar e que não teve filhos, em que se colhem trufas brancas, que milagrosamente nascem ali, e produz um vinho premiado por toda a Europa, não se choca quando sabe que alguém foi promovido e passou a ganhar benefícios como cartão corporativo, plano de saúde com helicóptero, carro do ano, secretária e sala com vista, ou que tem gente que não precisa estudar para passar de ano porque basta prestar atenção, ou que tem facilidade com línguas e fala entre outras russo correntemente, entrou no vestibular sem cursinho, dorme como uma pedra, nunca toma remédios na vida nem nunca fica doente, tem colesterol, glicemia, pressão e batimentos cardíacos abaixo dos alertas, vai ao banheiro duas vezes ao dia, não engorda, nem se jantasse pizza com borda recheada todas as noites, pois tem um bom metabolismo, fuma eventualmente um cigarro a cada dois meses e nunca extrapola esse cálculo, não tem cálculos renais, nem na vesícula, gordura no fígado, artroses, bursites, tendinites, joga tênis com a galera mais jovem do clube, porque sempre ganha dos tiozinhos da sua idade, tem um cachorro que não late para visitas, nem tem pulgas, mas ataca todos os gatunos que se aventuraram por seu bairro, que a casa em que mora nunca foi assaltada, a única da rua que nunca foi, que não tem rugas, cabelos brancos, cera de ouvido, caspa, calos, pele oleosa, unhas encravadas, joelhos tortos, pé chato, pernas em xis, joanete, flatulência, hérnia de disco, herpes, mau hálito, incontinência, enxerga sem óculos - nada de miopia, estrabismo ou estigmatismo -, lê bulas de remédio, menus de restaurantes praianos especialistas em luaus iluminados por tochas, partidas e chegadas de aviões, placas nas estradas, comprou casualmente quadros de pintores brasileiros iniciantes que hoje estão expostos alguns na Tate e outros no MoMA, costuma ser convidado para dar palestras motivacionais no Caribe, Ilhas Fiji, Bali, Ilhas Maurício, Córsega, que comprou um apezinho no Marrais quando o euro não valia nada, entrou de sócio numa fábrica coreana de carros e numa fazenda de produtos orgânicos, leu Ulisses na escola, Proust no original, quando terminou o curso de francês e se envolveu com seu caso extraconjugal parisiense, toda obra de Balzac, A Divina Comédia, exemplar raríssimo que encontrou empoeirado na sede da fattoria que herdou aparentemente autografado pelo autor, Os Irmãos Karamazov, para praticar o russo, quando entrou de sócio de uma petrolífera com um ex-agente da KGB, que hoje tem um time de futebol no Reino Unido e partes de uma equipe de Fórmula 1, que se tornou seu melhor amigo e é credenciado pela Fifa e Uefa a frequentar estádios da Copa do Mundo e da Liga de Campeões da Europa, na tribuna dos dirigentes máximos da entidade, e sempre sobra convites, você não fica absurdamente destroçado quando tem alguém com bom senso para não entrar em brigas de trânsito, que dá passagem, que jamais para em vagas de idosos e deficientes, que acena para ajudar apressados na ultrapassagem, que não se importa quando o motorista de trás aciona a buzina assim que o farol de trânsito muda do vermelho para o verde, que nunca foi multado - e nas três vezes em que foi parado na blitz do bafômetro tinha bebido suco de tomate, porque tivera um mau pressentimento -, que não se estressa quando vê alguém furando a fila do cinema e simplesmente indica outro caixa livre, que salga a pipoca como se cálcio em excesso fizesse bem para a circulação, que tolera frutose, glicose e glúten, não tira a fatia de gordura da picanha, que não se importa com a turma de garotos que erraram de filme e, num denso drama argentino, comenta a baladinha da noite anterior e marca o ponto de encontro da baladinha posterior, moços e moças que chacoalham sacos de pipocas para misturar o sal como se estivessem na ala de chocalhos da bateria de uma escola de samba do primeiro grupo, que não colocam celulares no silencioso e que, ultimamente, você neurótico reparou, as telas touchscreen dos celulares e tablets estão mais luminosas, porque nós, estressados, não aguentamos filme fora de foco, ar-condicionado glacial em salas de cinema e teatro, atores que cospem uns nos outros enquanto representam, muito menos o barulho de um saquinho de delicado ou jujuba aberto, mas fica arruinado quando encontra alguém que saiba configurar computadores em diferentes sistemas operacionais, até aquele gratuito, que entende tudo de formulário da Receita Federal e está em dia com ela, com o Estado e a prefeitura, com o condomínio e o da casa de praia, que consegue tuitar e responder a e-mails ao mesmo tempo, tem Face Book, Instagram, G+, Linkedin, What’s Up, as últimas versões dos aplicativos essenciais atualizados, você não inveja absolutamente aquele que não tem cáries, canais, implantes, dentes amarelados, que nunca ouviram que seria melhor consultar um ortodontista, ou que escutaram "quando casar passa", e passou? Relaxa.
A boa notícia, e que nos dá um enorme consolo, é que essa pessoa não existe. E a baixa filosofia ensina: se existisse, não teria a sensação inigualável e prazerosa de aprender com os erros.
Como dizem os invejosos, errar é humano, e a perfeição não existe.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Orgulho da mamãe

Não, não. Ainda não estou falando do nosso filhote. Ele é o nosso maior orgulho, mas ainda não é hora de ele estrear no mundo.

Estou falando do bolo de chocolate mais lindo - e dizem as línguas que o provaram - mais delicioso da história!

Ele chama Concord. A receita é da Luciana Lobo. Ela é irmã da Alice, do Verdinho Básico, e prima da Rita, do Panelinha. A Luciana é chocolatière de alguma doceria chique em SP, mas, infelizmente, esqueci o nome e não posso lhe dar os créditos merecidos. Eita família talentosa, viu. Foi do meu livro do Panelinha que tirei a receita.

A idéia surgiu quando Ginu disse que precisava de uma sobremesa com chocolate para o super almoço que ela ia fazer pra gangue de amigos do Quinho que tinham acabado de voltar da Itália, numa viagem puramente gastronômica em busca de restaurantes e vinhos que exalassem, no primeiro caso, e fossem bons acompanhantes, no segundo, para as deliciosas trufas brancas.

Falo isso para vocês verem que Dona Ginu tinha um belo desafio pela frente. Tinha que fazer bonito. Não que isso fosse um desafio para ela, mas vocês sabem como ela é. E como eu sou - tirei proveito da situação (do almoço e do fato de ela estar me mimando horrores com segundas intenções por conta da barriga) e na hora lembrei do bolo mousse de chocolate cuja fotografia, em si, já dá água na boca. O preparo seria trabalhoso, mas achei que a ocasião justificava o esforço, meu e dela. Enfim, coisa de mamãe mesmo.

Grávida fica ousada. Depois de estrear no bolo de limão e no cheesecake (acho que essa é a receita que mais se assemelha à do livro, mas eu ainda prefiro a versão do Cantando de Gallo para a cobertura) e conseguir fazê-los com relativo sucesso, estava dada a largada para dar mais um passo no meu caminho tortuoso de aprender a fazer doces.

Rita fala no livro que o preparo não é simples. Eu já tinha lido a receita várias vezes e, de fato, eu não ia conseguir fazer aquilo sozinha NUNCA. Separar gemas das claras e bater claras em neve são coisas que não entram na minha lista de habilidades. Fora meu problema crônico de não saber fazer doce, ou pelo menos da insegurança que tenho a respeito, porque, ao contrário de salgado, doce é uma ciência exata e qualquer 10g a mais de farinha pode ser o ingrediente que faltava para o fiasco total.

Como nesse bolo não vai farinha, achei que valia a pena tentar. Além disso, se desse certo, ia ser uma boa sobremesa para a minha amiga celíaca, apesar de ela não ser fã de chocolate (mas depois descobri que ela adora bolo de chocolate - ou ela estava sendo educada, não sei), e como eu amo muito essa menina, quero muito achar cada vez mais receitas gostosas que ela possa comer sem culpa. É, porque ela é tão magrelinha e atleta que pode comer o bolo inteiro sem culpa, ta? Minhas amigas são o máximo mesmo, deal with it. Fica a dica, viu, Rita. Pode investir em receitas sem glúten que vai ser mais um livro best-seller.

Ginu e eu seguimos a receita à risca. Com direito a usar compasso para fazer os discos de suspiro. Eu até tirei foto, mas as imagens do suspiro de chocolate em tirinhas e em discos parece mais outra coisa do que doce, então as fotos serão só do resultado final.

Como sempre, as receitas da Rita são muito bem explicadas, e funcionam. O slogan do Panelinha não é propaganda enganosa. Eu só mudo as receitas dela de vez em quando porque sou abusada mesmo, não porque precisa.

Mas eu ousei e coloquei um ingrediente secreto - a sagacidade da Ginu. Se não fosse por ela, as claras não estariam bem separadas das gemas, e não teriam sido batidas em ponto correto de neve. Dado meu estado gravídico, todo o esforço físico foi feito por ela. Foi dela também a idéia de fazer o caracol do disco de dentro para fora, ficando perfeito. E, claro, foi dela a sugestão de não terminar a mousse antes de ter certeza que os suspiros estavam prontos e bons - uma mistura de medo de perder comida (o que todas nós temos pavor) e de cuidado para a mousse não "envelhecer". 

Foi uma tarde bem proveitosa. Durante a receita, a frase que eu mais falei (depois de "está em neve?") foi a que, se o bolo não desse certo, pelo menos a gente tinha se distraído e passado mais um dia nesse meu marasmo gestante.

Porém, devo dizer que o bolo deu certo. Bem certo. Durante o preparo, tivemos o cuidado de deixar o forno beeem baixinho, como sugere a receita, e então preparar os suspiros acabou sendo a parte mais trabalhosa e chatinha. Mas, no fim, foram umas 3 horas de preparo, do começo ao fim. Da próxima vez, acho que conseguiremos reduzir isso para 2 horas no máximo. A Ginu, humilde pra caramba, apesar de ser a cozinheira mais experiente que eu conheço, tem medo de fazer suspiro. Quase quis comprar pronto ("se a gente pedir, eles fazem lá no pão de açúcar"), mas não deixei. Ainda bem, porque o gostinho do feito em casa é insuperável - no meu caso, gostinho metafórico, porque fiz promessa e estou há 1 mês sem doce, num feito que eu nunca achei que eu ia conseguir (orgulho elevado a enésima potência!)

Fizemos o bolo no fim da tarde de quinta, e ele ficou no congelador até sábado à tarde, quando foi servido. O povo que provou adorou (inclusive Ginu e Marido, que acho que não iam mentir para mim). Mas Ginu salvou um pedaço dele para mim, que está congelado e será devidamente aproveitado quando herdeiro nascer. Ela disse que eu precisava comer um pedaço do bolo original - não sei se porque ela nunca mais vai querer fazê-lo - afinal, a bagunça foi na casa dela - ou se porque ela foi fofa mesmo.

Está chegando o aniversário do Marido e ele disse que quer 2 presentes - o filhote nos braços e o bolo outra vez. O primeiro eu tenho certeza que ele vai ter. Agora, o segundo... sinceramente acho que quando o pequeno nascer não vamos ter mais 2 horas para "perder" fazendo doce! Mas ainda não contei isso para ele não.

Enfim, vamos às fotos. Vejam pelo resultado que, apesar de trabalhoso, o negócio não é difícil não. Se fosse, não teria ficado tão lindo e gostoso. Só precisa de paciência.

As fotos são do meu primo, que ficou com as sobras do suspiro e teve direito a raspar o resto da mousse que ficou na batedeira. E que também gostou do resultado final.















quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Viagens em torno de uma barriga

Esta postagem é direcionada a vocês que se enquadrem na seguinte situação:
  • Meninas
  • Nascidas nos anos 80 (baixo 80, e não coisas obscenas tipo 1988 ou 89)
  • Que tenham passado a infância no Brasil
  • Que estavam sujeitas às seduções dos comerciais de brinquedos nos intervalos dos desenhos animados que passavam na Globo à tarde
  • Que, embebidas e enebriadas pelo espírito sedutor das malditas campanhas dos publicitários (pessoas vis!), pediram de Natal - e, se foram boazinhas e se seus pais também foram bonzinhos com vocês, ganharam a boneca Ganha Nenê (na verdade eu acho que era o nome dela, mas talvez não seja).
Para quem não lembra, era uma boneca de uns 70 cm de altura, obviamente loira, que tinha uma barriga de grávida removível. Você poderia tirar a barriga - sem anestesia, sem dó - e, lá dentro, voilà, tinha um bebezinho lindo. Também obviamente branquelinho,  curiosamente sem sexo, sem cabelo, sem cara de amassado, sem lanugo, sem cordão umbilical para cortar, sem verniz caseoso, enfim, um bebê johnson versão brinquedo.

Tirando o bebê, você podia pegar a barriga que estava jogada de lado no chão do quarto (no meu caso, o chão do nosso quarto de criança era o máximo: eram umas tiras de fórmica branca, e aí a gente podia desenhar nelas e fazer a maior zona, que isso era incrivelmente eliminado no fim do dia pela fantástica combinação rodo+poção mágica misteriosa da Ginu), e colocá-la de novo na boneca. Mas aí olha o detalhe - do outro lado da barriga de grávida, tinha uma barriga tanquinho, linda. Sem flacidez, sem estrias, incrivelmente Bundchen.

Aí, minutos depois do parto, você tinha em suas mãos um bebê johnson recém saído da mamãe Gisele. Sem sangue, claro. Afinal, era brinquedo, não reality show ou episódio do Dexter.

Olha, eu adorava essa boneca. Ganhei de Natal uma vez e fiquei fascinada. Era o máximo aquilo tudo. Talvez porque eu estivesse seduzida pela magia dos comerciais de TV, talvez por pura inocência infantil, conscientemente nunca me incomodou que só tivesse a opção loira da boneca, que ela, coitadinha, só podia dar a luz com parto cesárea (e ficasse com um corte enorme formando uma circunferência em toda a barriga), que o bebê não tivesse nada a ver com um bebê de verdade, que o corpo dela voltasse à forma tão rapidamente, enfim, todas essas coisas que estou pensando agora.

Vocês sabem que eu sou super cética com essa mania de bullying. E que critico abertamente o fim dos cigarrinhos de chocolate com aquele menino neguinho lindo na embalagem, porque aquilo não fez ninguém fumar ou deixar de fumar. E que eu vou ensinar ao meu filho o "Atirei o Pau no Gato" original. Mas tem algumas coisas que evoluíram desde a minha infância que sou muito grata.

Hoje vemos com mais frequência brinquedos educativos e unissex, bonecas de pano (quase) como antigamente, mães que não abrem mão da modernidade mas que estão valorizando o reaproveitamento de materiais para criar brinquedos, diálogos mais abertos e sinceros com crianças (que estão cada vez mais espertas!), bonecos com cabelo pixaim, olhos puxados, negros.

Eu e a minha irmã tínhamos um boneco negro cada uma, e adorávamos, porque era diferente. Acho que foi muito legal dos nossos pais procurar isso e nos presentear, para vermos a "diversidade", mas, mesmo assim, a escassez na oferta era tanta que o negro ainda era o "diferente", e não era - como deveria ser - mais um entre nossos bonecos.

E aí que eu comecei a escrever achando que eu ia enveredar pro lado estético e mágico do fim da gravidez - imagina que beleza você ter o seu corpo de volta minutos depois de dar à luz a um bebezinho fofo e saudável. E no fim já estou pensando em como eu gostaria de conseguir equilibrar a infância feliz que eu tive com as coisas boas de atualmente e oferecê-las ao nosso filho sem essa nóia toda de ser politicamente correto o tempo todo, mas mostrando a ele uma versão infantil e lúdica, porém verdadeira, da nossa realidade adulta. Fácil, né. Aceito sugestões.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Manifesto

Existem grávidas que são mulheres maravilhas.

Tipo a versão moderna da minha vizinha anciã, que já comentei por aqui.

Elas estão sempre lindas, trabalham até o último minuto em posições de destaque e poder, fazem exercícios, estão sempre com as unhas feitas, nunca estão de mal humor, engordam pouco e não têm estrias, e têm tudo pronto pro quarto do bebê.

Enfim, uma versão real (?) da ilusão que redes sociais, como o facebook, nos proporcionam.

Eu só não sou uma delas, e desafio as minhas similares a colocarem a boca no balão para assumirem suas fraquezas também. Pronto, falei.

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

Tamarindo

Eu tenho uma vaga lembrança da área de serviço (sim, city girls têm áreas de serviço, e não quintais) do apartamento em que morávamos quando eu era pequena. Saindo da cozinha, de cara víamos o tanque, a máquina de lavar e um janelão que sempre trazia muita claridade. Do lado direito, o quartinho de empregada e, do lado esquerdo, junto à porta que dava à área de serviço, o banheirinho. Em suma, como qualquer outro apartamento.

Não sei porque, mas toda vez que penso em tamarindo, a imagem do tanque cheio daqueles frutinhos marrons me vem à cabeça. Não era algo habitual na minha casa, pelo menos não que eu lembre. Não sei se eles vieram do sítio dos meus avós, da fazenda de algum amigo dos meus pais, ou se tava em promoção na feira que tinha na esquina toda sexta-feira. Só lembro que foi algo diferente. Ou talvez não, talvez eu é que só lembre dessa vez.

Tamarindo é uma fruta traiçoeira. Quem olha pela primeira vez quase acha que é um amendoim (daqueles de praia ou então de bar na França) em mutação, porque é grande e maior, mas ainda assim tem duas (ou mais, porque hoje é tudo geneticamente modificado) "divisórias". Mas basta abordar a criatura com cuidado que você já vê que está diante de algo totalmente diferente.

[parênteses - alguém me lembra de onde veio aquela história engraçada de que o tremoço era o parente light do amendoim? tinha mais 2 alternativas para a origem do tremoço, mas eu não lembro...]

Não, não é tão gostoso viciante como amendoim. Qualquer um com um mínimo de noção logo pensaria que não se pode esperar muito de uma fruta que tem o mesmo prefixo de remédios com efeito laxativo, certo?

Ironicamente, eu tenho uma boa lembrança de tamarindos na minha infância, ainda que eu não tivesse nenhum problema com prisão de ventre. Talvez eu estivesse doente aquele dia, mas eu lembro com carinho daquela imagem dos tamarindos transbordando no tanque. Eu adorei (adorava) tamarindos. E lembro da fruta, não do suco. Não é que eu não gostasse do suco, eu simplesmente não lembro de ter tomado suco de tamarindo. Será que o gosto da fruta é tão diferente do gosto do suco?

Tudo isso para dizer que a estagiária caipirinha do Marido trouxe polpa de tamarindo do sítio dela. Dessa vez, não encheram o tanque da nossa casa. Vieram devidamente embalados em dois grandes sacos plásticos, prontos para serem congelados antes de virarem suco.

A culpa não é dela. Vejam só - antes de trazer, ela teve o cuidado de perguntar se a gente gostava da fruta, ao que respondi com um sonoro "sim", enquanto Marido provavelmente torcia o nariz. 

Aí que ontem, toda feliz, preparei o primeiro dos sucos-to-be de tamarindo. Contrariando o hábito de não adoçar nenhuma bebida, mas lembrando do gostinho característico da fruta, adocei um pouco a jarra. Fiz logo um litro de suco, coloquei numa jarra bonita, e levei à geladeira.

Desde então, já bebi acho que uns 4 meios copos de suco. O primeiro no susto. O segundo sorvi em goles menores e mais espaçados, meio que me convencendo que logo logo o gosto ia ficar bom. O terceiro piorou minha azia de grávida de um jeito que imediatamente lembrei do ditado "se arrependimento matasse...". E o quarto foi hoje pela manhã, só para constatar que, de fato, o suco tem um gosto horrível, e só uma pessoa boba e teimosa como eu pode ser tão lerda para demorar tanto para constatar o fato.

Minha tia disse que, quando ela estava grávida de um dos filhos, não conseguia nem ver pão de queijo. Do outro filho, a implicância era com pizza. A gordota aqui não teve problema nenhum, até agora, com nenhuma dessas delícias, mas, claro, eu tinha que ter nojinho de uma coisa natural e saudável? Será que a meu recém descoberta aversão a tamarindo vai acabar quando o pequerrucho nascer ou será que eu me rendi ao senso comum e me juntei à tchurma enorme dos que realmente não gostam de tamarindo?

Olhando a foto abaixo, a única coisa surpreendente que eu vejo é alguém gostar desse negócio estranho mesmo:
(daqui)

Atualização: sonhei esta noite que eu comia tamarindo (fruta) e era uma delícia, uma mistura de lichia com fruta do conde. E o nome certo do tamarindo era grama-amendoim...

terça-feira, 16 de outubro de 2012

BB

Não, não. Não vou falar de bebês. O BB é do Mr. Riley, aka BBKing. O velhinho fofinho que está parecendo o Morgan Freeman de rosto, mas o bonequinho do Michelin de corpo, só que mais molenga.
Médico liberou, e fomos lá ouvir música boa na sexta-feira (detalhe - sexta-feira dia 05, estou alguns dias atrasada). A banda em si já é o máximo, e começou, se não pontualmente às 22h, logo em seguida, certamente com no máximo 5 minutos de atraso.

Se você vai num show do BB King, o rei do blues, você se prepara para isso. Ainda mais numa sexta à noite. O que não deu para terminar no trabalho ou em casa, você termina no dia seguinte, sábado, teoricamente dia livre para a maior parte das pessoas que puderam comprar ingresso para um show desses.

A gente comprou ingresso em maio para o show em outubro, então também nem dá para dizer que foi de última hora. Não, não existem urgências nem emergências que te impeçam de ir ao show do Sir Riley (se a Elizabeth II ainda não deu o título a ele, algo está errado no mundo).

E, se você vai num show de um senhor de 87 anos, que, pela terceira vez, avisa que é seu último show no Brasil, você tampouco imagina que vai ser um show que vai durar 3 horas, né? Uma hora de show já seria mais do que aceito - ainda que nunca suficiente.

Moral da história, eu não consigo pensar em alguém que, em sã consciência, possa se atrasar para um show do BB.

Aí que, lá pelas onze e pouco (uma hora e tralalá depois de o show ter começado), chegam duas senhoritas na mesa do nosso lado. Olhares reprovando a chegada triunfal das moças (acompanhadas do lanterninha do Via Funchal e corpos de pé, totalmente desnecessários) não faltaram.

Lá no Via Funchal eles são espertos. A mesa tem 6 lugares, todos péssimos. Mas enfim, os lugares são marcados. Se você comprou a cadeira E na mesa 21, existe um lugar certo, não é qualquer cadeira da tal da mesa. É um jeito interessante de cada um ter um mínimo de certeza de onde vai sentar. E acho isso super certo, dentro das circunstâncias.

Mas aí, tipo uns 10 minutos depois da chegada das senhoritas, uma delas pega a luz do celular, que de tão brilhante quase deu para refletir na Lucille, e começa a analisar o ingresso dela. Se eu estivesse na mesa dela já teria feito um escândalo. P*, não basta chegar atrasada, tem ainda que ficar desviando atenções?

Bom, logo em seguida a moça fez valer o ingresso e o direito dela. O lugar que ela tinha comprado não era o que estava disponível quando ela e a amiga chegaram, 1h30 depois do início do espetáculo (com Sir Riley quase fazendo bis). Elas tiveram que sentar em outro lugar da mesa, que, achavam elas, era pior do que o que elas tinham comprado. Bom, moral da história, elas explicaram a situação para os dois casais de amigos que estavam tentando curtir o show, e eles mudaram de lugar com elas.

Se eu fosse um desses caras, estaria muito mais mordida do que estou até agora. Eu fico imaginando se eles aproveitaram o show depois disso ou se ficaram se remoendo. Eu não sei o que eu faria, se eu criaria caso ou se eu mudaria de lugar. Talvez eu mudasse de lugar, ficasse me remoendo o show inteiro pensando num discurso de efeito para falar para as moças quando o show acabasse, e no final desistisse, e comentaria o absurdo só com os meus amigos.

Em concertos, a partir do momento que as portas fecham, as pessoas podem mudar de lugar. Você tem direito a seu próprio lugar se você chega na hora. Depois, os presentes entendem que o lugar está vazio ou mesmo que a pessoa escolheu sentar em outro lugar. Podem me criticar, mas eu acho que a pessoa perde direito ao lugar se ela não cumpre his/her end of the bargain. Em cinema também. Eu já cheguei atrasada em cinema, tinha gente sentada no meu lugar, e fui para outro.

As pessoas têm que entender que, junto com direitos, vêm deveres. Não dá para ela querer só ser beneficiária do direito sem cumprir sua parte de deveres (tá vendo, eu aprendi algo com a minha dissertação de mestrado). E chegar na hora é o dever de quem comprou o ingresso, para ter o direito de ver o show. E, se por alguma política permissiva do local, é possível entrar depois que o show começou, então a regra tem que ser que os atrasados não atrapalhem os que chegaram na hora.

Em tempo: BB King, extremamente simpático, disposto e com jeito de quem sabe o que está fazendo, ficou quase 2 horas no palco, em uma noite memorável.

PS: Não à toa, um dos músicos preferidos do herdeiro que logo chega é o BB King. O menino sabe das coisas. E me deixou até preocupada de tanto que ele se mexeu durante o show!

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Espírito do dia

"I never look back, darling. It distracts from the now."
Edna Mode

Sempre ela, sempre incrível, semper idem (sim, estou sentindo falta de um Underberg).

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

É muito estranho saber que minhas amigas companheiras de barriga agora não têm mais barriga. Têm filhos! Me sinto um pouco só, de um lado. Estranho, né? Mas sabia que isso ia acontecer, porque eu era a mais "nova de barriga" das 3. Então nada mais natural em ser a última a perder a pança e ganhar o prêmio. Por outro lado, fico tão feliz que os pequenos tenham nascido bem e saudáveis que é como se o vazio da barriga alheia se transformasse em uma infinidade de amor por estes pequeninos que eu nem conheço ainda, mas que sei que vão mudar nossos mundos. O que me leva a outro ponto - preciso me cuidar e curtir este mês com o rei na minha barriga, porque logo logo (espero que não tão logo assim) ele estará aqui para fazer companhia para a Lelê e para o Matias. Vai ser o caçulinha da tchurma. Calma lá, meu rei. Sugue um pouco de suas raízes baianas paternas e não tenha pressa de vir, porque sua estréia vai ser um blockbuster, na hora certa. Isso eu garanto. I am riding with the king. ;)

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Só boas notícias

Hoje o dia está especialmente iluminado!
Boas notícias para nós, na espera do herdeiro, ótimas notícias em relação ao pequerrucho do Matias, o pequenino que nasceu semana passada, e a dona Heleninha, que vai ser namorada melhor amiga do nosso príncipe, acabou de nascer, linda e saudável!
Eba!
Parabéns a todos pelo dia de hoje!!! Deve ter alguma explicação lunar ou cósmica, né não?

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Procura-se

Amigo publicitário ou bem criativo que tope entrar na maluquice da minha cabeça e da cabeça do Marido e nos ajude a concretizar uma idéia louca e - modéstia à parte - genial que tivemos para dar boas-vindas ao pequeno príncipe.

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

OsGemeos

Não, não estou me referindo aos fabulosos artistas de grafite. Gosto muito deles e da Nina, mas hoje o dia é de São Cosme e São Damião. Que, para falar a verdade, nem sei se são gêmeos. Gosto de pensar que são, então, para mim, eles são, ta?

Desde que nasci, esse dia tem um significado especial na minha família, do lado do meu pai. Meu tio avô, muito perspicaz, fez uma promessa para a minha avó cumprir (sim, vocês leram corretamente), depois que ela passou por um evento difícil e conseguiu se recuperar. Todo dia 27.09, por uns 5 anos, ela teria que distribuir doces e brinquedos para crianças, porque os (meus) santos gêmeos são protetores das crianças.

Aí que a velhoca, à época novinha, se empolgou, e, até hoje, depois de cerca de 60 anos da promessa alheia original, ela continua fazendo isso. Hoje ela já não vai pessoalmente entregar os brinquedos e os doces, mas manda comprar e distribuir a creches. Tampouco ela consegue dar balinhas na rua para crianças, porque as mães de hoje são neuróticas e não deixam as crianças aceitar doces de estranhos (meus pais, inclusive, me ensinaram exatamente isso) ou, pior, não deixam as crianças comerem doces. Alface e cenoura bastam.

Mas, mesmo assim, a tradição não só se manteve com ela, mas passou para os netos. E posso dizer que essa é a única promessa que cumpro todo ano. Não tão bem como ela - eu não compro brinquedos e só lembro de comprar doces no dia. Porém gosto de achar que contribuo para os gêmeos que marcaram minha infância e, espero eu, marquem, ainda que de um jeito singelo, a infância de outras crianças também, independentemente de sua crença.

Quem quiser contribuir, pode entrar na dança. A vovó Xuxu e seus netos agradecem.

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

O Rei

Eu já sabia que carregava o rei na barriga.
De uns tempos para cá, ele próprio começou a se sentir o rei da barriga.
E eis que, ultimamente, ele não mais se contenta em ser o rei da barriga. Agora é rei das costelas, da bexiga, do estômago, dos rins...enfim, de todo o meu ser abdominal.
Cresça bastante, filhote, que você tem todo esse playground aqui de dentro só para você.

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Matias

Nasceu agora há pouco o Matias, filho dos nossos padrinhos queridos. Muita emoção ronda esse momento, tanta que não consigo nem escrever direito. Ainda não o vi, mas tenho certeza que ele é lindo, saudável, espirituoso como o pai, caipirinha e carinhoso que nem a mãe, e herda dos dois o melhor de cada um. Vem para alegrar nossas vidas e encher os olhos de todos os amigos babões de lágrimas de emoção. Vem para mostrar para a gente que a força está presente em cada um de nós, e que momentos como esse nos fazem lembrar como é essencial ter por perto uma família amada e amigos queridos que estão junto da gente em todas as horas, mesmo que a gente ache que não queira. Tô louca para te conhecer, Matias. Mas não me leve a mal - quero mesmo é dar um abraço do tamanho do mundo na sua mãe e no seu pai antes, ta? Porque eles são incríveis.

domingo, 16 de setembro de 2012

O sétimo mês

(continuando o post anterior sobre etapas da gestação).

Agora sim, como um passe de mágica - ou condicionada pela minha cabeça - chegou o cansaço, o saco cheio, o desânimo. Não na cabeça, ela continua boa. Fico tão feliz quando vejo - realmente vejo, porque agora dá para ver por fora - a minha pança se mexer de um lado para o outro, quando o pequeno responde às conversas do pai, enfim, essas coisas.
Mas o corpo agora começa a apresentar sinais mais fortes de sua limitação. Levantar de qualquer jeito ficou difícil; dormir mais de uma hora, impossível, e começo a sentir dores bizarras pelo corpo. No entanto, misteriosamente (ou fruto da yoga), as dores lombares sumiram por enquanto.

E aí fico toda desanimada porque a cabeça acha que estou boa, mas o corpo fica nessa preguiça sem dó. Poxa, não era só daqui a 2 meses que eu ia sentir isso não? Tô me achando uma inválida (apesar de repetir pra todo mundo todo dia que não estou inválida, especialmente quando me perguntam se posso fazer isso ou aquilo - acreditam se quiser, é meu jeito educado de responder. Sinceramente, dá vontade de dizer: "é, na verdade eu não posso fazer nada disso, estou fazendo de teimosia e porque não estou nem aí para o bem-estar do meu bebê." Pqp, né, pessoal).

A bizarrice dessa fase é o tal do colostro. A primeira vez que o vi, achei que tinha passado muito óleo de amêndoas. Depois, tal como a moça do Potencial Gestante (blog que super recomendo), comecei a me achar uma vaca leiteira. Too much information, né?

Talvez seja porque eu sou a pessoa que mais planeja e menos executa que eu conheço, mas estou meio agitada com o fato de que a gravidez está acabando e ainda haja tanta coisa para fazer. Como resolvi escrever isso logo no começo desse sétimo mês, e ir atualizando pelo caminho, essa é a sensação das 27 semanas e meia. Talvez, com 31 semanas e um dia (quando enfim completamos 7 meses), já haja mais coisa resolvida. Pelo menos sei que o quartinho do pequeno estará mais inteiro. Volto em breve para atualizá-los. Estou na contagem regressiva para voltar ao médico e ver as dimensões atuais do pequerrucho.

Os sites de gestante dizem que é na vigésima-nona semana que nós entramos no terceiro trimestre. Pelas minhas contas de de 280 dias, isso tá errado. Mas já descobri por quê - esses sites estão considerando a gestação com 42 semanas. E aí dá 14 por trimestre, então tá certo pela lógica que eles fizeram.

Eu estou começando a ficar preocupada com o tanto que já engordei, mas também não estou me esforçando para mudar. É um saco. Sou super otimista (na maioria das vezes) e sempre acho que vai dar tudo certo. Então aí não mudo.

Também estou ansiosa e, de um lado, querendo que o Príncipe chegue logo. Mas, por outro, quero que ele chegue só na hora certa, quando estiver prontinho, gordinho, grandinho. Só queria dar um forward no tempo, só isso. Mas só porque quero conhecer o pequenino, e não porque já estou cansada de ficar grávida (não?).

***

Relato das 30 semanas - e 3 dias - é que, 10 dias atrás, o lindinho já tinha 34 cm e 1.3kg. Um fofo! Mas, enfim, acho que já falei isso por aqui.

Do jeito que ando aziática (com Z mesmo, go figure it out), a lenda de que ele é cabeludo deve se confirmar. A minha cara então - pequeno, gorducho e cabeludo. Adorei. No fim das contas, deve ter gene meu, não devo estar "só" carregando, como brincamos por aí.

Fizemos nossa última grande viagem nesse feriado de 07.09 - e por grande considero uma viagem de carro a uma distância (sem trânsito) de 2h de São Paulo no máximo. Agora só bate-e-volta. Vai que...E essa é a minha preocupação agora. Voltou a vontade de ir no médico toda semana só para ouvir dele que está tudo bem. Mas, se ele só quer me ver daqui a um mês, é porque está tudo bem, certo?

Ultimamente tenho me sentido melhor. Conformada com o meu atual estado físico de elefanta e com menos azia, pois o médico me deu um remedinho que anda salvando minhas noites. Agora só ansiosa e começando a ter medo do que vem por aí. Será que vou agüentar o tranco?

Nesse feriado conhecemos uma mulher que tem 6 filhos, incluindo um casal de gêmeos. Todos nasceram de parto normal. E o icing on the cake - da gravidez dos gêmeos, ela só descobriu que eram 2 quando o obstetra disse "peraí que vem mais um". Pois é. Então acho que talvez a gente agüente o tranco. É só parar de teorizar a respeito e deixar um dia rolar de cada vez.

****

Uma das últimas coisas que vou falar nesse (já grande) relato do sétimo mês é como as câimbras estão me incomodando de madrugada. Poxa, como se já não bastasse acordar várias vezes à noite para fazer xixi, ainda acordo com aquela dor chata toda vez que resolvo mudar de posição. Muitas vezes nem reclamo mais, fico sofrendo no escuro e no silêncio. Mas às vezes dá vontade de falar "ai ai ai" só para ver se a dor vai embora e se Marido acorda e dá um carinho. O que acontece sempre. Acho até que demasiado, porque hoje pela manhã ele comentou como está chatinha essa fase da gravidez, por conta da minha azia, do cansaço e das câimbras. De fato, está chatinha. Mas mesmo assim não me incomodo em acordar à noite com os chutes do pequenino, até porque são esses mesmos chutes que muitas vezes embalam meu sono.

Bora pro oitavo mês!







segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Cenas simples: almoço

Grávida trabalhadora vai almoçar no "quilo". Fartas opções com higiene aparentemente satisfatória - sendo "aparentemente" a palavra chave da frase. Melhor não investigar muito.
Grávida passa ilesa por tudo o que gostaria de comer e não pode, tipo saladas e batata frita. Sim, eu queria encher meu prato de salada, poxa. Berinjela grelhada instead (fica a dica pro pessoal - não precisa colocar orégano em tudo, tá? Existem outros temperos no mundo).
Grávida coloca seu prato na balança.
Atendente econômica simplesmente pergunta: "Bebida?"
Grávida responde que não, com a mesma secura da atendente, e continua pensando com seus botões e constatando que, ou ela está comendo muito, ou de fato o valor do quilo aumentou. Duas opções igualmente possíveis.
Atendente, em seguida e com a mesma entonação: "Menino ou menina?"
Grávida pensa "cuma?", engole seco e fala "desculpa?"
"Menino ou menina?"
"Ah, menino".

Sou só eu ou a curiosidade realmente ultrapassa todas as barreiras e fronteiras imagináveis?

Não, não. Não ganhei parabéns depois (nem "bom apetite"). Acho que ela preferia que fosse menina. Desculpa, viu. Fica pra próxima. Ou não.





sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Notícia da semana

O pequeno está enorme, e a mãe dele também. Mas ambos com saúde. Ele já mede 34 cm - conforme quis frisar a Ginu, vovó coruja, como vocês podem ver pela foto (sorry pela qualidade ruim) abaixo. E tem 1.3kg. Pequeninho, gorducho e provavelmente moreninho - é meu filho mesmo!


Bom fim de semana a todos!

terça-feira, 28 de agosto de 2012

O que esperar

"O que esperar quando você está esperando" é um livro muito famoso e aparentemente leitura obrigatória para grávidas. Ainda não li, mas por nenhum motivo especial. Não comprei, não ganhei, não peguei emprestado e não fui atrás. Mas parece que é muito legal, para quem se interessa.
Como praticamente todo livro que se preze (ou não) ganha um filme, fui ver o filme. Não por preguiça de ler, mas porque Marido insistiu (sim, ele, não eu).
E aí escrevo só para dizer que me identifiquei mais com a Wendy. E tenho dito.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Mudança de perspectiva

Imaginem a cena: domingo, 11h e pouco da matina, o sol brilha lá fora mas Marido tem que revisar trabalho, preparar aula, etc. A casa está parecendo casa de solteiro (recado sutil da funcionária doméstica para dizer que não tem nada de comida). Nenhuma perspectiva ou vontade de sair para almoçar. Opções para moi? Arrumar (a.k.a. jogar fora) papéis, ler, tomar sol, caminhar, ou ir ao mercado.

Mesmo sabendo que mercado de domingo é lotado, coloco meu disfarce de roupa de ginástica e crocs (agora você já pode dizer que conhece um usuário de crocs), pego minhas sacolinhas retornáveis e vou para a luta.

Saio do elevador, dou de cara com a velhinha do terceiro andar: "Nooooossa, como você tá gordiiiiinha!!". E me bombardeia com perguntas sobre o meu estado gestacional. Se eu trabalho, se eu não uso salto, se eu estou me sentindo bem.

Menos preocupada com as minhas respostas do que com contar sobre a sua experiência, dona vizinha conta sobre seu filho que vai fazer 52 anos e que até, 30 de setembro de 1960, ela trabalhava (corretora de imóveis, sabe?), usava salto, não sentia dor nenhuma. Mas naquele dia resolveu ir ao médico porque estava se sentindo meio estranha, e o doutor mandou ela ir correndo para casa pegar a mala da maternidade porque o rebento dela ia nascer. Needless to say que foi de parto normal, né, pessoal.

Então, olha, mulher não sente dor. É só colocar na minha cabeça que mulher não sente dor e pronto. E pode usar salto (porque naquela época ela tinha que usar salto, né, ela trabalhava). E pode trabalhar, viu. Porque ela, no auge dos seus - sabe quantos anos eu tenho? - 85 anos, ainda roda 370 km toda quinta feira para ver os loteamentos dela no interior. Graças a Deus é o último, mas está lá firme e forte como uma marreta.

E fui ao mercado pensando que, de fato, ela está firme e forte. Dirige relativamente bem o seu carro, é bem  adequada socialmente (bom, almost always, mas palavras de uma gordinha, o que não é tão confiável), vive sozinha, parece ter boa saúde, e a cabeça funciona muito bem. Tem seus 5 minutos de todo velhinho, mas faz parte.

E, então, poxa, saí dali pensando quero eu chegar aos 85 anos mais ou menos assim como ela. Mas não pensei muito, porque senão ia me distrair na direção e iam me culpar por estar grávida e conseqüentemente avoada e ruim de roda. Enfim. Antes de chegar ao mercado (5 minute drive) eu já tinha desistido de ser como ela, porque, cá entre nós, se ela com 9 meses de barriga trabalhou de salto até o último dia e não sentiu dor nenhuma, ela é de fato wonderwoman, e tô longe disso. E, olhem só, ela teve filho depois dos 30, viu. Fui sincera ao dizer a ela que espero chegar na idade dela com toda aquela saúde e disposição, mas, no fundo, acho que minha geração é tão junkie que não vou conseguir. Antes ficaremos surdos (culpa dos fones de ouvido nas alturas que todo mundo no elevador e no metrô também escuta), cegos (alguém duvida que essa exposição excessiva de computador + esse tempo seco e poluído não fazem mal à saúde dos olhos?), com problemas de pulmão e de obesidade bem antes do que esses vovôzinhos e papaizinhos que cresceram com bonecas de pano ou de espiga de milho, carrinhos de rolimã e bolas de meia.

Aí a gordinha aqui foi na aula de yoga para gestantes (que na época da dona vizinha ainda não existia, certamente, porque nem precisava fazer exercício, porque todos eram esbeltos e saudáveis e grávida não precisava de tratamento especial). E aí comentei de leve o fato com a minha super professora. E, em menos de 30 segundos, lembrei porque eu faço aula de yoga com uma Guru incrível e - importante mencionar - psicóloga: para me sentir bem. Física e emocionalmente.

Ela fez um comentário que me fez ver as coisas de outro modo. E a gordinha ficou feliz. Lembrou-me ela que, na época da dona vizinha, não tinha trânsito de 3 horas todo dia, não tinha estresse de celular tocando depois do expediente e necessidade de responder emails na mesma hora, o ar era mais puro e a cabeça das pessoas era mais tranqüila. Não tinha a oferta obscena de guloseimas (ok, essa parte eu que inventei), tinha tempo para ir no açougue+mercearia+peixaria+feira para comprar os melhores produtos, e não precisava sair correndo num domingo de sol para comprar tudo meia boca no supermercado mais perto.

Pronto. Agora só preciso continuar a fazer yoga para sempre (gordinha ou não, who cares) com a minha Guru para tudo continuar a ficar bem...









terça-feira, 21 de agosto de 2012

(Não) perdendo a paciência

Fatos:

  1. Em tese, moro há 5 minutos, de carro, de onde trabalho.
  2. Trabalho em um local com bastante espaço, pessoas e infra-estrutura para instalar uma estação de metrô.
  3. Não há qualquer impedimento geológico (tipo Serra das Araras) para fazer uma linha de metrô de casa ao escritório.
  4. Estudos mostrariam que há passageiros em potencial em número suficiente para lotar essa minha linha de metrô imaginária.
  5. Nem precisaria perder tempo com estudos, se houvesse interesse político. Ultimamente, tenho demorado mais que 45 minutos para fazer o tal trajeto de 5.

 Benefícios:

  1. Com metrô (nem menciono a bicicleta porque não tem chuveiro no meu escritório para me deixar apresentável depois), haveria menos carros na rua.
  2. Eu, pessoalmente, não precisaria ter carro, gastaria menos (ou nada) de gasolina, IPVA, fosfato com stress de valet folgado, e poderia gastar toda a paciência do mundo com taxista em casos não rotineiros - e os que me conhecem sabem que eu realmente não sou fã de táxi.
  3. Marido - e todos os alérgicos de São Paulo - respirariam melhor, dormiriam melhor, e acordariam melhor de manhã.
  4. Eu teria uma pele menos cinza e mais viçosa (como diria mamãe) no fim do dia. Conseqüentemente, gastaria menos do super limpador de pele que ganhei da Ana, e gastaria menos no dermatologista, dinheiro que poderíamos guardar para uma viagem legal com o rebento ou a dois.

Did I prove my point already ou precisa continuar?
Bom dia para vocês também...
 

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Um chá de fraldas diferente

Ainda bem que existem sites inteligentes e inovadores como o Paperless Post. E que, neles, se saírmos da aba "baby shower", ainda dê para criar um convite para um chá de fraldas que seja a cara dos pais do rebento. Porque, como li por aí, o chá é de fraldas, mas a festa é para adultos! Oba!

Eu, que sou uma antiga viciada no trabalho do Keith Haring, fiquei alucinada quando vi esse convite, e acho que o chá de fraldas do herdeiro vai ser assim (com algumas nuances diferentes, como cores e fontes, mas enfim)!

E, como um milagre, visualizei toda a festa! E fiquei ainda mais animada quando Marido me deu o aval do tema, das cores e de tudo mais!

Então seguem algumas idéias:


Para continuar no tema de música, primeiro achei isso:


Aí, entrando no tema Keith Haring propriamente dito, achei alguns desenhos no tema "pais e filhos", a começar pelo bebê radiante que é meio que a marca registrada do artista:












(de vários sites da internet...)

Fofo, né? Fofo, lúdico, que foge do óbvio e que tem a nossa cara. Estou me achando o máximo por ter tido esse insight. E agradecendo ao Keith Haring no céu por ter feito essa arte tão legal sob medida para nós.

Pelo jeito que o menino está se mexendo aqui dentro, ele deve ter gostado da idéia! Ou então está odiando. Saberemos em alguns anos, quando mostrarmos as fotos da festa e dos preparativos para ele.



sexta-feira, 17 de agosto de 2012

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Vantagens e desvantagens de querer ser diferente

Antes de tudo, uma informação importante: beber um gole de cachaça (só um gole) durante a gravidez não vai fazer mal pro meu bebê e vai deixar a mamãe mais feliz. Pronto, falei. Agora só estou esperando a ocasião especial para tanto, que, acho eu, vai ser dia 25.08, em companhia da família da empresária da Francisca (vocês lembram dela), que, se a fama estiver certa, sabe tudo de cachaça.

Agora, ao objetivo desse texto. Marido e eu não gostamos de tons pastéis. Aliás, eu gosto. Marido não sei. Mas eu não queria um rosa bebê, um azul bebê, um verde água (bebê?), um amarelinho (bebê!), ou qualquer "corzinha" no quarto do príncipe. E tampouco queríamos ursinhos, pipas, carrinhos, cavalinhos (ok, teremos alguns, mas por outros motivos), ovelhinhas, ou coisinhas fofinhas assim.

Calma, não somos tão amargos. Só que queríamos uma coisa diferente, que ainda fosse lúdica, colorida, que estimulasse o pequeno sem cansá-lo, e que tivesse um pouco de estilo. Fico feliz em afirmar hoje que acho que conseguimos tudo isso no quarto que estamos montando. Na verdade, tô achando que o quarto dele vai ficar hiper estiloso, mas essa falta de modéstia vou deixar para daqui a pouco.

Tudo bem que demorou um pouco, mas, no final, looking back, eu acho que até foi fácil achar o que queríamos (e não tínhamos idéia do que queríamos) e implementar. Quando estiver tudo pronto vou tirar umas fotos para mostrar pra vcs. Até lá, torçam para dar tudo certo, porque ainda tem bastante coisa para fazer!

Está sendo um pouco mais difícil, porém, definir o chá de fraldas do herdeiro. Confesso que estou tendo ajudas preciosíssimas de dona Dani (e seu séquito de ajudantes), dona Ginu e dona Ildo, sem contar Dona Vizinha, com suas dicas práticas! Sem elas, não teria saído do lugar ainda. Já decidimos a data e a hora, os presentes que vamos pedir (sim, sim, deixamos a educação de lado e vamos pedir presentes), o local, estamos quase definindo a lista de convidados... Mas detalhes como decoração, o que servir de comes e bebes, a arte do convite, aqueles toques especiais, e as lembrancinhas, estão extremamente difíceis. Principalmente as lembrancinhas, e já digo o por quê.

Aliás, nem precisava dizer. É óbvio. Não queremos carrinhos, ursinhos, pipas, cavalinhos (ok, talvez um pouco). Não queremos uma lembrancinha infantil (afinal, podemos contar nos dedos quem dos nossos amigos têm filhos - sim, isso é uma indireta: amigos, tenham - mais - filhos!), daquelas que você acha fofa mas joga num canto da casa antes de ter coragem de se desfazer dela. E não queremos algo com o nome do pequeno impresso. Na minha cabeça, não parece uma coisa muito difícil - algo que um adulto possa gostar, que ele possa ter na sua casa, e que o lembre da ocasião, mas não seja muito óbvio. Do tipo "Bonitinho, né? Ganhei no chá de fraldas do Príncipe". Ah, príncipes e coroinhas e azuis bebê e cores pastéis também estão proibidas.

Nada contra, viu? Acho fofo tudo isso. Mas simplesmente não cabe no nosso way-of-living. Então aceito sugestões. Disso e de alguém que saiba tirar sobrancelhas em São Paulo. Meu fiel escudeiro mostrou-se não tão fiel (abandonou o salão sem deixar nem uma dica de para onde ia) e eu estou cada vez mais taturana e desesperada.