domingo, 16 de setembro de 2012

O sétimo mês

(continuando o post anterior sobre etapas da gestação).

Agora sim, como um passe de mágica - ou condicionada pela minha cabeça - chegou o cansaço, o saco cheio, o desânimo. Não na cabeça, ela continua boa. Fico tão feliz quando vejo - realmente vejo, porque agora dá para ver por fora - a minha pança se mexer de um lado para o outro, quando o pequeno responde às conversas do pai, enfim, essas coisas.
Mas o corpo agora começa a apresentar sinais mais fortes de sua limitação. Levantar de qualquer jeito ficou difícil; dormir mais de uma hora, impossível, e começo a sentir dores bizarras pelo corpo. No entanto, misteriosamente (ou fruto da yoga), as dores lombares sumiram por enquanto.

E aí fico toda desanimada porque a cabeça acha que estou boa, mas o corpo fica nessa preguiça sem dó. Poxa, não era só daqui a 2 meses que eu ia sentir isso não? Tô me achando uma inválida (apesar de repetir pra todo mundo todo dia que não estou inválida, especialmente quando me perguntam se posso fazer isso ou aquilo - acreditam se quiser, é meu jeito educado de responder. Sinceramente, dá vontade de dizer: "é, na verdade eu não posso fazer nada disso, estou fazendo de teimosia e porque não estou nem aí para o bem-estar do meu bebê." Pqp, né, pessoal).

A bizarrice dessa fase é o tal do colostro. A primeira vez que o vi, achei que tinha passado muito óleo de amêndoas. Depois, tal como a moça do Potencial Gestante (blog que super recomendo), comecei a me achar uma vaca leiteira. Too much information, né?

Talvez seja porque eu sou a pessoa que mais planeja e menos executa que eu conheço, mas estou meio agitada com o fato de que a gravidez está acabando e ainda haja tanta coisa para fazer. Como resolvi escrever isso logo no começo desse sétimo mês, e ir atualizando pelo caminho, essa é a sensação das 27 semanas e meia. Talvez, com 31 semanas e um dia (quando enfim completamos 7 meses), já haja mais coisa resolvida. Pelo menos sei que o quartinho do pequeno estará mais inteiro. Volto em breve para atualizá-los. Estou na contagem regressiva para voltar ao médico e ver as dimensões atuais do pequerrucho.

Os sites de gestante dizem que é na vigésima-nona semana que nós entramos no terceiro trimestre. Pelas minhas contas de de 280 dias, isso tá errado. Mas já descobri por quê - esses sites estão considerando a gestação com 42 semanas. E aí dá 14 por trimestre, então tá certo pela lógica que eles fizeram.

Eu estou começando a ficar preocupada com o tanto que já engordei, mas também não estou me esforçando para mudar. É um saco. Sou super otimista (na maioria das vezes) e sempre acho que vai dar tudo certo. Então aí não mudo.

Também estou ansiosa e, de um lado, querendo que o Príncipe chegue logo. Mas, por outro, quero que ele chegue só na hora certa, quando estiver prontinho, gordinho, grandinho. Só queria dar um forward no tempo, só isso. Mas só porque quero conhecer o pequenino, e não porque já estou cansada de ficar grávida (não?).

***

Relato das 30 semanas - e 3 dias - é que, 10 dias atrás, o lindinho já tinha 34 cm e 1.3kg. Um fofo! Mas, enfim, acho que já falei isso por aqui.

Do jeito que ando aziática (com Z mesmo, go figure it out), a lenda de que ele é cabeludo deve se confirmar. A minha cara então - pequeno, gorducho e cabeludo. Adorei. No fim das contas, deve ter gene meu, não devo estar "só" carregando, como brincamos por aí.

Fizemos nossa última grande viagem nesse feriado de 07.09 - e por grande considero uma viagem de carro a uma distância (sem trânsito) de 2h de São Paulo no máximo. Agora só bate-e-volta. Vai que...E essa é a minha preocupação agora. Voltou a vontade de ir no médico toda semana só para ouvir dele que está tudo bem. Mas, se ele só quer me ver daqui a um mês, é porque está tudo bem, certo?

Ultimamente tenho me sentido melhor. Conformada com o meu atual estado físico de elefanta e com menos azia, pois o médico me deu um remedinho que anda salvando minhas noites. Agora só ansiosa e começando a ter medo do que vem por aí. Será que vou agüentar o tranco?

Nesse feriado conhecemos uma mulher que tem 6 filhos, incluindo um casal de gêmeos. Todos nasceram de parto normal. E o icing on the cake - da gravidez dos gêmeos, ela só descobriu que eram 2 quando o obstetra disse "peraí que vem mais um". Pois é. Então acho que talvez a gente agüente o tranco. É só parar de teorizar a respeito e deixar um dia rolar de cada vez.

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Uma das últimas coisas que vou falar nesse (já grande) relato do sétimo mês é como as câimbras estão me incomodando de madrugada. Poxa, como se já não bastasse acordar várias vezes à noite para fazer xixi, ainda acordo com aquela dor chata toda vez que resolvo mudar de posição. Muitas vezes nem reclamo mais, fico sofrendo no escuro e no silêncio. Mas às vezes dá vontade de falar "ai ai ai" só para ver se a dor vai embora e se Marido acorda e dá um carinho. O que acontece sempre. Acho até que demasiado, porque hoje pela manhã ele comentou como está chatinha essa fase da gravidez, por conta da minha azia, do cansaço e das câimbras. De fato, está chatinha. Mas mesmo assim não me incomodo em acordar à noite com os chutes do pequenino, até porque são esses mesmos chutes que muitas vezes embalam meu sono.

Bora pro oitavo mês!







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