Deve
ter coisa pior do que se sentir usada, mas, hoje, tá difícil acreditar
que exista algo mais lastimável que isso. Outro dia me contaram a origem
da expressão “Lei do Gérson”. Antiga, né? Tirar vantagem em tudo, coisa
de brasileiro. Por um lado, não posso tirar a genialidade dos
brasileiros de acharem (nessa hora, queria escrever em espanhol para
poder colocar o verbo em primeira pessoa do plural, acho que seria mais
adequado) que têm que ter alguma vantagem, já que são (somos, idem
observação anterior) tão f* sempre. O tal do jeitinho. O jeitinho até
que acaba criando bons modelos de negócios, idéiais inovadoras, boas
teses jurídicas. Mas também tem um lado bem negativo que precisa ter um
limite, poxa. Volto à história do ovo e da galinha; dilema Tostines; uma
coisa leva à outra, etc. Podem me chamar de conservadora, mas eu ainda
acho que respeito, caráter e honestidade não podem nunca entrar no jogo
do jeitinho. Crossing this line é way too risky, e certamente não vale a
pena. Mas será que isso se ensina? Eu ando duvidando do que se pode
ensinar, e do que é inato às pessoas. Ando descrente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário