segunda-feira, 30 de abril de 2012

Quando o real encontra o virtual

Acaba de me acontecer algo muito estranho.

Eu sigo alguns blogs. E, em alguns desses blogs, as pessoas colocam fotos delas mesmas e acabamos sabendo detalhes das vidas delas (porque elas contam, diga-se de passagem).

Aí que eu estava passeando no shopping e, pimba, dei de cara com uma dessas blogueiras que se enquadram no perfil acima. Por uma fração de segundo, fiquei meio sem saber o que fazer. Sabe quando você sente que conhece a pessoa, e tem obrigação (educação, melhor dizendo) de ir lá falar com a pessoa, cumprimentar e tal?

Quase fui. Mas aí parei no sorriso que eu tinha esboçado e lembrei que, na verdade, só eu que a conheço. Ela não me conhece. E, tal como acontece com as celebridades, isso aqui é uma via de mão única. Se eu fosse lá falar com ela, além de protagonizar uma cena ridícula, certamente ela ia me achar uma louca. Então virei os olhos para a vitrine do outro lado e continuei meu passeio, não sem ficar pensando nisso por um bom tempo.

Engraçado como o mundo nos obriga a reinventar formas de se relacionar, não? Eu ainda estou me sentindo como aquelas pessoas que fingem que não vêem alguém e viram a cara (ou seja, falsa e mau caráter). Mas, de fato, como mais eu iria agir? Eu mesma fico morrendo de vergonha quando encontro alguém famoso - e, aí sim, finjo que não vi.

É como se essa pessoa fosse famosa no meu mundo só. Claro que não é, pq o blog dela é bacanudo e deve ter váááárias visitas e seguidores.

Talvez ela tivesse uma reação blasé, talvez ficasse orgulhosa de si mesma (in a good way), talvez ficasse feliz em saber que eu fiz uma adaptação do bolo de queijo que ela sugeriu no blog dela (e foi por isso que a achei in the first place). Mas agora ficarei só imaginando.

Bom, quem sabe da próxima vez eu saiba melhor como me portar.

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