segunda-feira, 19 de março de 2012

Free as a bird

Outro dia vi um passarinho feliz na minha janela procurando galhinhos para o ninho que estava fazendo.

Logo depois vi outro passarinho morto na minha varanda. O ser, agora estatelado no chão, tinha voado feliz apra minha varanda e se espatifou no vidro. Literalmente quebrou a cara, viveu com intensidade até o limite, sem medo do que viria pela frente. De repente, caiu morto, na hora. Num piscar de olhos, acordou em outra, tão livre lá quanto era cá.

E o passarinho que fazia sua casa estava tão alheio à sua mesmice que nem reparou no seu semelhante - mas o que eles tinham de igual mesmo? - ali, até porque, nos olhos do saltitante, o estateladinho tampouco se dignara a cumprimentá-lo quando ele lhe cantara bom dia uns minutinhos atrás.

É, a vida em sociedade também é dura para os passarinhos que aqui vivem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário